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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Notícias interessantes que valem a pena discutir...

Todos os dias recebo notícias de diferentes sites sobre educação. Esta semana, essas três me chamaram a atenção:
Investimento em educação promove redução na criminalidade - Agência USP de notícias
Como garantir professores que os alunos brasileiros tenham bons professores - Estadão
Uma cidade que abraçou a educação - Isto é!

Vamos ler?
Clique nos links acima e terá acesso a estas notícias.
Boa leitura!


O que estamos realmente fazendo como professores? Vamos refletir?

Este vídeo traz Severino Antônio e Katia Tavares falando sobre o papel da escola num mundo repleto modelos postos, com consumismo onde as crianças na maioria das vezes não tem vez, nem voz...

Este outro vídeo é do TED e também nos ajuda a refletir sobre o assunto:

E para finalizar, deixo um episódio de "Os Simpsons" que mostra a realidade da maioria das escolas. Logicamente, sabemos que se trata de um seriado americano, mas com a globalização, o problema ganha maior repercussão e nos faz perceber que estamos inseridos neste contexto que não deveria ser cômico e sim um momento de tristeza, revolta e principalmente de provocar mudanças!

Esse é o 3º episódio da 15ª temporada, no Brasil, ganhou a versão:

"Presidente por acidente". (clique aqui para assisti-lo)

Seu nome original é "The President wore pearls" e foi exibido pela primeira vez em 2003.

O que entristece é que o episódio trata de um problema que continua sendo atual.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Fichamento de Leitura: Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução.

FICHAMENTO DE LEITURAS
Tipo: artigo em livro
Assunto / tema: Currículo
Referência bibliográfica: MOREIRA, A.F.B.; SILVA, T.T. Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução.  in:
Resumo / conteúdo de interesse:
Currículo não é mais uma área técnica e inicia-se uma preocupação com questões sociológicas, políticas e epistemológicas. Está implicado em relações de poder, transmitindo visões sociais particulares e interessado. O currículo tem uma história que está vinculada a organização da sociedade e da educação.
EUA: emergência de uma abordagem sociológica e crítica do currículo – origem.
Inicia-se a discussão sobre currículo o final do Sec. XIX e início do Sec. XX:  Planejamento científico das atividades pedagógicas para direcionar o pensamento dos alunos dentro das metas propostas.
Na virada do Sec., após a Guerra Civil, a indústria se ampliou e foi necessário uma nova concepção da sociedade: cooperação, especialização, nova ideologia que objetivava “chegar ao topo”. A industrialização e a urbanização da sociedade, a presença dos imigrantes nas grandes metrópoles com costumes e condutas diferentes estava ameaçando a cultura e os valores do país, então surge a necessidade de ensinar as crenças e comportamentos americanos a todos. Coube a escola fazer isso bem como adequar a conduta educacional vocacional para as necessidades da economia.
Dewey e Kilpatrick defendem a ideia de uma tendência voltada para a elaboração de um currículo que valorizasse os interesses do aluno (No Brasil: escolanovismo). Já Bobbitt defende a ideia da construção científica de um currículo que desenvolvesse os aspectos da personalidade adulta considerados desejáveis (No Brasil: tecnicismo). Rugg e Tyler procuraram superar os problemas encontrados nestas tendências e configuraram as feições dos processos de escolarização e de desenvolvimento curricular.
O lançamento do Sputnik pelos russos em 1957, fez com que os americanos culpassem os educadores, principalmente os progressistas, pela derrota na corrida espacial. Uma grande reforma foi feita nos currículos de diversos componentes curriculares para enfatizar a redescoberta, a investigação, o pensamento indutivo.
Bruner levantou críticas, apesar de não contribuir de fato para a revolução pedagógica que se pretendeu desenvolver a partir das propostas e reformas curriculares. A sociedade americana dos anos 60 estava recheada de problemas sociais que levaram a uma revolta contra todos esses problemas com protestos e questionamento das instituições e dos valores tradicionais. Os valores mudaram, sofreram uma contracultura (hippies, sexo livre, drogas) e as instituições educacionais tornaram-se alvos de violentas críticas. Era necessário uma democratização da escola. Mas após a eleição de Nixon, houve um retorno as ideias de eficiência e produtividade. Porém com novas tendências: ideias tradicionais (escola eficaz), ideias humanistas (liberdade na escola) e ideias utópicas (fim da escola). Não havia mais questionamento sobre a sociedade capitalista que se consolidava. Porém, vários conhecimentos foram utilizados como referencial para estudos dos tópicos curriculares.
Final dos anos 70 não havia mais a preocupação com procedimentos científicos da avaliação quantitativa. Renovaram-se os focos e as preocupações. Os neomarxistas  foram os precursores – Sociologia do currículo. Nos EUA: análise sociológica do currículo – professores mais ligados a Departamentos de currículo e Instrução; na Inglaterra foram os sociólogos do Departamento de Sociologia da Educação do Instituto de Educação da Universidade de Londres que conceberam a Sociologia da Educação como uma sociologia do currículo (Nova Sociologia da Educação - NSE).
Interessante perceber que a sociologia foi rejeitada no início e demorou a ganhar seu digno espaço. Mas os debates dos anos 50 focalizavam tanto a estrutura organizacional da escola como as origens sociais da inteligência e sua relação com o desempenho escolar, sempre se preocupando com a sociedade industrial e maior justiça social.
A partir dos anos 60 é que a Sociologia foi de fato implantada na formação dos professores. O currículo passa a se preocupar com a sociologia.
Para entendermos melhor, os autores nos colocam a entender o currículo associado a três eixos: ideologia, cultura e poder.
Gramsci chama a atenção exatamente para e o aspecto contestado do terreno ideológico num contexto de luta contra ideologias.
Althusser argumenta que há uma reprodução da estrutura social existente pela classe dominante (dominar e subordinar): objeto de crítica e refinamento.
Ideologia em três dimensões: ela se aproveita de materiais preexistentes na cultura e na sociedade, em geral pertencentes ao domínio do senso comum; não é homogênea, mas feita de materiais de diferentes naturezas, de diferentes tipos de conhecimento; por último ela é interpretada de formas diferentes daquelas intencionadas.
Analisando a cultura na tradição crítica o autor mostra que há ao mesmo tempo produção ativa de cultura quanto contestação.
Na concepção crítica, a cultura é conflitante, é aquilo pelo qual se luta não o que recebemos.
O currículo é um lugar de produção e de política cultural, está no centro de relações de poder que não se manifesta de maneira cristalina e identificável. Neste contexto trata-se importante currículo oculto e tratar a historicidade como parte integrante de uma Teoria Crítica do Currículo.
A teorização crítica sobre currículo  com a Sociologia como elemento importante é um processo contínuo de análise e reformulação.
Citações:
Página:
1 Uma nova Sociologia da Educação floresceu e estabeleceu como seu principal objeto de estudo o currículo escolar, aproximando-se, assim, da Sociologia do Conhecimento.
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2 O currículo é uma área contestada, é uma arena política.
21
3...é difícil resumir as inúmeras interpretações ligadas ao conceito de ideologia numas poucas proposições, mas certamente uma coisa relativamente clara na literatura educacional é o vínculo que a noção de ideologia tem com poder e interesse.
O que caracteriza a ideologia não é a falsidade ou verdade das ideias que veicula, mas o fato de que essas ideias são interessadas, transmitem uma visão de mundo social vinculada aos interesses dos grupos situados em uma posição de vantagem na organização social.
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Considerações do pesquisador:
A cada texto sobre currículo percebo que há sempre mais para estudar e aprender. Mas, o que mais me chamou atenção neste texto é o fato de tratar a sociologia no contexto do currículo e principalmente trazer que a cultura não é transmitida e sim recriada. Isso promove uma mistura de sensações e dúvidas que deixam um gostinho de quero mais. E este se dará ao longo da leitura deste livro.
Indicação da obra: estudantes em educação, professores e magistrandos


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Refletindo nossos posicionametos

Depois da rica discussão que tivemos hoje em sala de aula, percebi, mais uma vez, que cada um tem um ponto de vista diferente que MERECE RESPEITO!
E ontem eu li uma frase que veio a calhar com nossos inúmeros exemplos de nossa vivência dentro do nosso assunto chave que é currículo.
"Quando a escola se tornar uma empresa, a Educação um empreendimento e os alunos 'clientes', esperarei a música terminar, as luzes se apagarem e deixarei a cena. Talvez não sob uma chuva de aplausos, mas sob o aval da minha dignidade preservada" (Autor oculto)

O que a maioria dos profissionais precisa é aceitar mais a opinião dos colegas como um exemplo a ser seguido ou não. Pois, é através dos exemplos conhecidos, que tomaremos iniciativas para mudar nossa prática educacional. 
Hoje começo a entender a ideia do texto do bolo...
Muitas vezes, nos parece mais fácil ir ao supermercado e pegar (comprar, logicamente) o bolo pronto. Mas, onde fica o prazer do aprendizado?
Me lembro como se fosse ontem, quando minha saudosa avó, sob protestos de minha mãe, me ensinou aos 7 anos de idade a fazer um "bolo simples". E fiquei craque em bolos!
Como fiz bolos em minha vida! E sempre acho que o último sempre ficou mais gostoso que o anterior! Se deu certo a receita, compartilho com minhas amigas, irmã, sogra e por aí vai...E elas sempre acrescentam um item que diferencia o seu bolo para que ele fique com a "sua cara".

Por que na educação existe uma resistência tão grande de pessoas que são incapazes de perceber que outras podem lhes dar exemplos de "receitas de bolo" e que elas podem testa-las a seu modo?
Parece que, para essas pessoas de mentalidade ainda por amadurecer, é mais fácil criticar do que buscar atingir um grau de excelência. 
Todos nós estamos aprendendo o tempo todo. Cada questionamento, cada colocação nos leva a refletir sobre nossas próprias atitudes e perceber o quanto podemos melhorar nossos atos curriculares e também nossa prática educacional.
É como diz uma música dos Beatles: "É mais fácil criticar do que se enxergar!"

See Yourself
It's easier to tell a lie than it is to tell the truth
It's easier to kill a fly than it is to turn it loose
It's easier to criticize somebody else
Than to see yourself


It's easier to give a sigh and be like all the rest
Who stand around and crucify you while you do your best
It's easier to see the books upon the shelf
Than to see yourself


It's easier to hurt someone and make them cry
Than it is to dry their eyes
I got tired of fooling around with other people's lies
Rather I'd find someone that's true


It's easier to say you won't than it is to feel you can
It's easier to drag your feet than it is to be a man
It's easier to look at someone eles's wealth
Than to see yourself

Tradução
Se Enxergar
É mais fácil contar uma mentira do que contar a verdade
É mais fácil matar uma mosca do que deixá-la solta
É mais fácil criticar outra pessoa
Do que se enxergar

É mais fácil se resignar e ser como todos os outros
Que ficam de pé crucificando enquanto você tenta se esforçar
É mais fácil enxergar os livros sobre a estante
Do que se enxergar

É mais fácil magoar alguém e faze-la chorar
Do que enxugar os seus olhos
Eu me cansei de lidar com todas as mentiras dos outros
Prefiro encontrar alguém que seja sincero

É mais fácil dizer que você não pode do que sentir que pode
É mais fácil enrolar do que ser um homem
É mais fácil olhar para a riqueza alheia
Do que se enxergar
Caso você queira ouvir essa música click aqui

E enquanto as pessoas perdem tempo não se reconhecendo profissionalmente, mas buscando defeitos nos outros, os alunos vão ficando assim:

Se questionando...

Até quando as discussões vão ter tons de míseras competições ideológicas?
Quando as pessoas tomarão mais iniciativa do que posição de críticas destrutivas?

E eu? Eu quero fazer bolos gostosos, cheirosos e que deixem marcas naqueles que o saborearem...
E aí? Você quer aprender a fazer bolo ou vai ficar de fora somente sentindo o cheiro e imaginando o sabor?

Compartilhando um pouco mais do meu trabalho...

O Curso G9, escola em Itajubá/MG, na qual leciono, publica uma revista que se chama Gnovidade e que é escrita pelos professores, alunos, pais de alunos e outras pessoas que desejam compartilhar suas ideias sobre educação.
Na última edição, fui convidada a escrever sobre a "Gestão na sala de aula". Segue a imagem escaneada da revista:
Caso deseje receber um exemplar da revista Gnovidade, me envie uma mensagem.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Uma análise mais ampla do Livro de Paulo Freire "Pedagogia da autonomia", cujo fichamento foi publicado anteriormente


Paulo Freire critica as formas tradicionais de ensino baseado fundamentalmente na ética,  dignidade, no respeito e autonomia dos alunos. O educador autoritário, conservador passa a ser alvo de análise e discussão, pois ele não permite a participação ativa dos alunos com suas diferentes histórias vivenciadas em seu contexto. Freire argumenta que o ensino deve ser democrático entre os professores e alunos, pois somos todos seres inacabados em constante aprendizado. Dessa forma, é importante a dialogicidade. Os educadores devem estar atentos à sua prática, a seus atos e ao que os educandos trazem como experiência. A postura do professor, suas palavras podem interferir diretamente na vida do educando. Por isso, deve haver metodologia adequada e o educador estar aberto a opiniões e trocas de experiências com os educandos. O dinamismo desenvolve a curiosidade e o pensar. Freire destaca ainda a necessidade do respeito, da humildade, da compreensão e do equilíbrio das emoções entre os sujeitos envolvidos. Por isso o professor deve defender seus direitos e exigir condições favoráveis para que seu trabalho seja exercido com ética, respeito e dignidade por si, pelos alunos e pela sociedade. Ou seja, o professor deve ter consciência crítica.
Ensinar não é transferir conhecimento e é uma especificidade humana. Freire destaca a importância do desenvolvimento da autonomia do educando e se envolver com eles para que isso ocorra. O professor deve estimular os alunos, não rejeitar, mas sim respeitar as diferenças. Fazendo a mediação entre o conhecimento e o aluno. Por isso, ele deve manter sua curiosidade epistemológica.
E para que ele seja respeitado é necessário que tenha segurança e conhecimento sobre o que vai ensinar. Freire destaca a diferença entre a docência autoritária democrática e a mandonista. Porque os professores têm uma responsabilidade social.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Time is honey - Vamos ler para refletir um pouquinho mais...

Poucas coisas neste mundo são mais tristes do que um bolo industrializado. Ali no supermercado, diante da embalagem plástica histericamente colorida, suspiro e penso: estamos perdidos. Bolo industrializado é como amor de prostituta, feliz natal de caixa automático, bom dia da Blockbuster. É um anti-bolo. Não discuto aqui o gosto, a textura, a qualidade ou abundância do recheio de baunilha, chocolate ou qualquer outro sabor. (O capitalismo, quando se mete a fazer alguma coisa, faz muito bem feito). O problema não é de paladar, meu caro, é uma questão de princípios. Acredito que o mercado de fato melhore muitas coisas. Podem privatizar a telefonia, as estradas, as siderúrgicas. Mas não toquem no bolo! Ele não precisa de eficiência. Ele é o exemplo, talvez anacrônico, de um tempo que não é dinheiro. Um tempo íntimo, vagaroso, inútil, em que um momento pode ser vivido no presente, pelo que ele tem ali, e não como meio para, com o objetivo de.

Engana-se quem pensa que o bolo é um alimento. Nada disso. Alimento é carboidrato, é proteína, é vitamina, é o que a gente come para continuar em pé, para ir trabalhar e pagar as contas. Bolo não. É uma demonstração de carinho de uma pessoa a outra. É um mimo de avó. Um acontecimento inesperado que irrompe no meio da tarde, alardeando seu cheiro do forno para a casa, da casa para a rua e da rua para o mundo. É o que a gente come só para matar a vontade, para ficar feliz, é um elogio ao supérfluo, à graça, à alegria de estarmos vivos.
A minha geração talvez seja a primeira que pôde crescer e tornar-se adulto sem saber fritar um bife. O mercado (tanto com m maiúsculo como minúsculo) nos oferece saladas lavadas, pratos congelados, comida desidratada, self-services e deliverys. Cortar, refogar, assar e fritar são verbos pretéritos.
Se você acha que é tudo bem, o problema é seu. Eu vou espernear o quanto puder. Se entregarmos até o bolo aos códigos de barras, estaremos abrindo mão de vez da autonomia, da liberdade, do que temos de mais profundamente humano. Porque o próximo passo será privatizar as avós, estatizar a poesia, plastificar o amor, desidratar o mar e diagramar as nuvens.

Tô fora.

(Antonio Prata)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Compartilhando um pouquinho do meu trabalho...


Alunos dos 8º anos do G9 recebem visita de pessoas do CAIDI
 
O conteúdo teórico visto em sala de aula aplicado à vivência. Esse foi o objetivo das duas visitas de gestores e pessoas atendidas pelo Centro de Apoio e Integração do Deficiente de Itajubá (CAIDI) aos alunos dos 8º anos do Ensino Fundamental II (F81 e F82) do Curso G9. A proposta do encontro foi feita pela professora Pollyanna Marcondes Freitas Leite, de Ciências Biológicas, que está trabalhando os sentidos do corpo humano com as duas turmas.
“O que mais gosto de ensinar em Biologia é a sua aplicação em nossa própria vida. Isso dá mais razão de acontecer o processo ensino-aprendizagem. A visita foi um sucesso. O objetivo foi alcançado e agora estou ansiosa pelos relatórios”, comemora a professora. Ela se refere aos textos que cada aluno fará com relato do bate-papo com as pessoas do CAIDI. 
A coordenadora do Fundamental II, professora Estela Maria de Oliveira, concorda com o sucesso das visitas. “Foram encontros muito ricos e interessantes. Nossos alunos tiveram a oportunidade de conviver com as diferenças, de perceber que Pessoas com Deficiência [PCD] podem, apesar das limitações, conviver normalmente e serem modelos de superação”, explica. 
“Sempre digo que sou cega – não vejo problemas nisso. Nós aprendemos a conviver com a limitação visual reeducando os outros sentidos”, disse a coordenadora do CAIDI, Maria Salete da Silva Batista, durante conversa com os alunos. “Aprendi isso na prática, a capacidade dessas pessoas, na convivência com as pessoas do centro”, completa Lidiana Silva Soares. Ela começou como voluntária e hoje é professora de Informática do CAIDI. Também participaram das visitas Denize Maria de Oliveira Veloso, Lúcio Eduardo Corrêa Godinho, Sebastião Dionísio e Carlos Alberto Rodrigues. 
Pollyanna Leite disse ainda que as turmas estão estudando os sentidos do corpo humano. “Estudamos a anatomia (formato) dos órgãos dos sentidos (visão-olho, audição-orelha, paladar-língua, tato-pele e revestimentos) e a fisiologia (funcionamento dos órgãos). Com isso não podemos deixar de falar sobre as interferências que provocam deficiência nesses sentidos”, ressaltou. 
De acordo com a professora, antes das visitas, os alunos discutiram em sala cada uma das deficiências relacionadas diretamente aos sentidos: auditiva e visual, em suas mais diversas formas. Para isso, vídeos e filmes que tratam do assunto. “Com essa ideia temos a associação do conteúdo à vivencia prática. De nada adianta conhecermos um conteúdo de ciências se não soubermos aplicá-lo em nossa vida”, finalizou.
 
 

sábado, 13 de abril de 2013

Globalização e educação

Discussão sobre o texto "A educação escolar no contexto das transformações da sociedade contemporânea" de José Carlos Libâneo et al. estudado por Cynthia Mendes e Zaqueu Oliveira cujo estudo está disponível em seus respectivos blogs.
A síntese traz a Globalização como foco e a sua influência no processo de ensino-aprendizagem, e também aborda as transformações técnico científicas, econômicas e políticas na sociedade contemporânea.

      A globalização proporcionou uma mudança de estrutura do capitalismo: a abertura de fronteiras. E com isso sentimos esse reflexo na educação e surge a pergunta: "Educação: causa ou efeito da mudança na economia?" 
      Quando há uma mudança na educação é porque há uma intensão, um motivo para se conseguir algo. 
     O texto destaca o bem e o mal da ciência desde bombas nucleares à uma produção de técnicas que melhoram a agricultura, passando por vários setores da ciência. 
     Há uma mudança também nos setores e uma migração do homem, por exemplo, do campo para a cidade. O que provoca também uma mudança nos objetivos gananciosos do homem. 
     No século XX iniciou-se uma reestruturação do capitalismo por causa da globalização. Hoje associamos a tecnologia porque ela é utilizada para grandes transações comerciais. O problema é que a automatização do sistema industrial trouxe o desemprego. 
     A ideia de escola democrática surgiu para "adestrar" as pessoas para a indústria. Tanto que utilizamos até hoje termos que vêm da indústria: avaliação de desempenho, supervisão, produção, metas, etc. 
     Porém é o neoliberalismo que entra em cena com dois paradigmas: a igualdade (modernidade econômica após a II Guerra Mundial) - depois disso é que houve uma preocupação com educação para todos e a liberdade (competitividade econômica). 
   O neoliberalismo traz princípios de base para organização social. Ele diminui a responsabilidade do Estado e entra em cena a responsabilidade de cada um. Isso é obra do mercado ("Abra sua empresa e se vira!"). E vem para a educação os termos utilizados na indústria e que são princípios do neoliberalismo. 
     Há uma política hegemônica que determina as políticas educacionais. 
    Temos um contexto global de uma mercadoria que é para todos, mas ao mesmo tempo há uma posição local e essa associação gera um termo que é a soma deles (local+global). Isso mostra a criação de novas identidades regionais. Um exemplo é Maria da Fé/MG. Do fim de seu cultivo tradicional de batatas a belíssimas atividades artísticas exportadas mundialmente. A sociedade muda de acordo com sua necessidade e de fortalecimento local para ser internacionalizada. 
     E essas mudanças surgem na escola. O professor é o intelectual orgânico que tem criticidade, por isso é um agente de transformação. O conhecimento tem que fazer a diferença e servir a alguém. 
     A competitividade do mercado vai sendo absorvida pela escola na cobrança e nos moldes de produção. E seu rumo depende de interesses econômicos-sociais-culturais e, principalmente, políticos. Como disse Paulo Freire: "A educação é um ato político." 
    Por isso, temos que tomar uma posição, temos que despir a ideologia para fazer os outros crescerem tanto quanto nós professores, pois nós somos o intelectual orgânico. 
"Temos que tirar as lentes da ideologia para enxergarmos a educação!" (Rita Stano, 12/04/2013) 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leitura e compartilhamento das ideias postadas no Blog: http://gleniajmmedeiros.blogspot.com.br

          Ao assistirmos o vídeo de Chimamanda Adichie realmente nos assustamos com uma verdade: a  de que estamos formando opiniões copiadas. 
          Essas opiniões copiadas são informações transmitidas de um para o outro da mesma forma  por muito tempo. O currículo, como método de organização da escola, é visto dessa forma. Por que necessariamente é ensinado o que está ali proposto pelo sistema ao invés de instigar o aluno a buscar por diferentes formas de discutir sobre o assunto? A resposta é simples: comodismo, medo. 
          Mas propor uma mudança radical como a troca brusca de uma técnica a tanto tempo utilizada por outra moderna pode gerar problemas sérios entre os professores, como a resistência, por exemplo.
          Entretanto, se as mudanças de alguma forma forem gradativas, pode ser que saiamos dos últimos lugares da colocação dos ranking sobre educação.
          Não é necessário homogeneizar a sociedade, é importante manter a heterogeneidade, senão estaremos interferindo em outras questões político-sócio-econômicas, mas o que se torna necessário é levar uma educação de qualidade à todos, independente de qualquer questão destas citadas anteriormente.
          Posto abaixo uma reportagem que me chamou a atenção sobre a educação no Brasil. E me pergunto: estamos tão mau assim? Em que se baseiam para fazer tais averiguações? Dados estatísticos que podem estar comprometidos devido a uma interferência? O que precisamos mudar em nosso currículo escolar para mudarmos este quadro?
Deixo este questionamento para refletirmos em nossos atos curriculares que pode ser nossa maior esperança.

Qualidade do ensino freia adaptação do Brasil ao mundo digital
Fraco desempenho em ciências e matemática é barreira para País, diz Fórum Econômico Mundial

Atualizado: 10/04/2013 20:58 | Por Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo, estadao.com.br 

GENEBRA - Com um dos piores ensinos de matemática e ciências do mundo, o Brasil reduz sua capacidade de adaptação ao mundo digital. Um informe apresentado nesta quarta-feira, 10, pelo Fórum Econômico Mundial aponta que o País subiu apenas da 65.ª para a 60.ª posição entre as nações mais preparadas para aproveitar as novas tecnologias em seu crescimento.
Além do ranking sobre capacidade de adaptação ao mundo digital, o Fórum divulgou outros dois, referentes ao ensino de matemática e de ciências.
Entre os 144 países avaliados, o Brasil aparece no 116.º lugar em educação, atrás, por exemplo, de Chade, Suazilândia e Azerbaijão. Em ciências, Venezuela, Lesoto, Uruguai e Tanzânia estão melhores posicionados no ranking que o Brasil, que ocupa a 132.ª posição.
O resultado é uma estagnação no avanço da tecnologia no Brasil, apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor privado nacional. Na América Latina, países como Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica estão melhores preparados para enfrentar o mundo digital que o Brasil.
"Apesar desse progresso, a tradução dessa maior cobertura em impactos econômicos em inovação e competitividade está estagnada", alerta o documento. Um dos motivos é a "qualidade do sistema educacional, que aparentemente não garante as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança em busca de talentos", indicou. Mesmo em países pobres como Senegal, Quênia e Camboja, o acesso de escolas à internet é superior, segundo o informe.
O ranking é liderado pela Finlândia, seguida por Cingapura e Suécia. O Brasil, de fato, vem ganhando posições. Mas os autores do informe estimam que a posição hoje do País no ranking não condiz com uma das sete maiores economias do mundo.
O informe considera que a maioria das economias em desenvolvimento continua sem conseguir criar as condições necessárias para reduzir a falta de competitividade existente na área da tecnologia de informação, em comparação às economias desenvolvidas. "No Brasil temos grande desenvolvimento por parte de empresas multinacionais para melhorar a competitividade, mas esse empenho não se estende por todo o setor privado", alertou o editor do informe, Beñat Bilbao-Osorio.
Internet
A subida de posição do Brasil no ranking vem dos avanços em infraestrutura e do fato de o País ter dobrado a capacidade de uso de banda larga, além de ampliar a rede de celulares. Em bandas fixas, o Brasil é o 11.º colocado no ranking.
Outro problema sério, porém, é o ambiente para promover inovação e burocracia, além do custo dos celulares, um dos mais altos do mundo. O Brasil aparece na 130.ª posição entre os 144 países, superado pelo Gabão.
O número de usuários de internet no Brasil, em 2011, também não chegava ainda a 45%, o que deixa o País na 62.ª posição nesse critério, abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga.
O Brasil não é o único a passar por essa situação. "Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios", diz o informe. "O rápido crescimento econômico observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação", alerta.
"A digitalização criou 6 milhões de empregos e acrescentou US$ 193 bilhões à economia global em 2011. Apesar de positivo, o impacto da digitalização não é uniforme nos setores e economias – cria e destrói empregos", disse Bahjat El-Darwiche, Sócio, Booz & Company.
RANKING
Segundo a capacidade de adaptação ao mundo digital
1.     Finlândia
2.     Cingapura
3.     Suécia
4.     Holanda
5.     Noruega
6.     Suíça
7.     Reino Unido
8.     Dinamarca
9.     EUA
10.  Taiwan
60. Brasil

quarta-feira, 20 de março de 2013

Entendendo currículo - discussão informal



A palavra Currículo é de origem latina e etimologicamente significa trajetória, caminho, itinerário.
Há diversos estudos para uma melhor compreensão de seu significado na prática educacional.
Na história, podemos analisar que há uma tendência de educação de massas de forma tecnicista com preocupação na formação de pessoas capazes de sustentar o crescente ramo industrial, ou seja, educação voltada para as exigências profissionais da vida adulta. Mais tarde, soma-se a esse pensamento a psicologia e a contemplação das disciplinas acadêmicas, discutindo-se a influência e a importância do modelo humanista clássico.
Hoje, já no Século XXI, ainda discutimos sobre o que realmente devemos entender sobre currículo. E para isso é necessário que façamos algumas correlações.
Uma delas é que currículo está diretamente ligado ao conhecimento. E este, para ser de fato o conteúdo do aprendizado precisa construir significados (valores axiológicos) para que compreendamos o mundo fora do eu, o que nos cerca e assim promover o entendimento do seu funcionamento. Conhecer é a forma como nos inserimos no mundo, são exercícios de se colocar no real, agregando informações novas, experimentar o novo, reconhecer, associar, dominar certos conteúdos numa tentativa de sentir menos estranho no mundo em que vivemos. Em poucas palavras: conhecer é explicar o que é real.
Nesse contexto, é importante perceber que há diversos tipos de conhecimento: mitológico, filosófico, senso comum, artístico, religioso, científico. Todos são importantes para a formação do currículo. Porém, devemos entender que currículo é também prática, é reflexão, é direcionamento desse conhecimento apreendido a uma questão: o que fazer com o que aprendemos?
É nessa práxis que percebemos os atos curriculares, ou seja, o currículo torna-se prática. Prática esta produzida por sujeitos como o professor e o aluno. Tanto que percebemos sua presença na escola toda, até mesmo na forma como o recreio acontece.
Para que esses atos curriculares ocorram e sejam construídos é necessário entender que o currículo tem diversas características que o forma, tais como epistemológica, em que se pergunta que tipo de conhecimento há; histórica, pois se situa no tempo e no espaço; cultural, por fazer parte de uma sociedade com valores; política, onde há poder e intencionalidade; econômica por promover obtenção de lucros.
Entretanto, é nas dimensões de currículo que percebemos sua real colocação em prática. Suas dimensões são formal/previsto, o que é preparado por um grupo dentro de um conjunto de regras para ser aplicado a todos; vivido, que é praticado dentro de sala de aula na aplicação do conteúdo e oculto, onde o professor mediador promove a aplicação dos atos curriculares bem como ações que educam, que forma cidadãos.
Sendo assim, podemos dizer que o currículo é lugar de construção de significados para uma prática refletida. Mas ainda precisamos compreender mais sobre este termo em nossa contemporaneidade.

terça-feira, 12 de março de 2013

Sempre aprendemos

"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre."
Paulo Freire