FICHAMENTO
DE LEITURAS
Tipo: Livro
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Assunto / tema: Educação
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Referência bibliográfica:
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Resumo / conteúdo de interesse:
Quando
se é professor, não se pode pensar que é o “dono” do conhecimento e que está
num patamar superior. Para praticar o ato de ensinar é necessário que se leve
em conta o saber do educando e respeitá-lo, que pratique o que fala
promovendo gestos e não exigindo que se faça o que fala e não o que se faz. O
educador deve promover a criticidade nos educandos e não apenas transferir
dados que não façam sentido a eles.
Ele
deve pesquisar, mas não som ente em sua área de atuação, mas o contexto dos
alunos para promover neles uma reflexão crítica sobre a prática. É importante
perceber a identidade cultural, respeitá-la, porém não é necessário que se
faça dela a sua verdade.
Ensinar exige reconhecer a autonomia
do educando e respeitá-la com bom senso.
Mas
também se deve atentar que suas atitudes marcam positiva ou negativamente o
ser educando. Por isso a importância de se valorizar enquanto profissional,
mesmo que essa valorização não seja dada pelos órgãos governamentais.
Ao
mesmo tempo em que se ensina se aprende. E todos acabam não permanecendo
acomodados; passam de seres ouvintes a interventivos. E esse é o objetivo de
se ensinar. É praticar o conhecimento que foi aprendido de maneira crítica,
significativa.
Por
fim, é preciso saber como trabalhar com o educando. Saber que não é
necessário somente o conhecimento em suas diversas formas, mas sim humildade
para trabalhar com simplicidade e saber promover criticidade e construção
significativa do conhecimento no ser educando.
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Citações:
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Página:
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1
Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de
aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas
dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face
da tarefa que tenho - a ele ensinar e não a de transferir conhecimento.
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27
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2
Educador que, ensinando geografia, "castra" a curiosidade do
educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos,
tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma,
domestica.
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33
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3 Como
posso continuar falando em meu respeito ao educando se o testemunho que a ele
dou é o da irresponsabilidade, o de quem não cumpre o seu dever, o de quem
não se prepara ou se organiza para a sua prática, o de quem não luta por seus
direitos e não protesta contra as injustiças?
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38
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4 Ninguém pode estar no mundo, com o
mundo e com os outros de forma neutra. Não posso estar no mundo de luvas nas
mãos constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para a
inserção, que implica decisão, escolha, intervenção na realidade.
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46
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5 [...]
o educador que,
entregue a procedimentos autoritários ou paternalistas que impedem ou
dificultam o exercício da curiosidade do educando, termina por igualmente
tolher sua própria curiosidade.
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51
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6 O
fundamental é que o professor e alunos saibam que a postura deles, do
professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não
apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e
alunos se assumam epistemologicamente curiosos. Neste sentido, o bom
professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do
movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
"cantiga de ninar". Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque
acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas
dúvidas, suas incertezas.
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52
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7 [...]
a incompetência
profissional desqualifica a autoridade do professor.
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56
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8 Nunca me foi possível separar em
dois momentos o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos.
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58
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9 Quanto
mais penso sobre a prática educativa, reconhecendo a responsabilidade que ela
exige de nós, tanto mais me convenço do dever nosso de lutar no sentido de
que ela seja realmente respeitada. O respeito que devemos como professores
aos educandos dificilmente se cumpre, se não somos tratados com dignidade e
decência pela administração privada ou pública da educação.
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59
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10 Assim
como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem
os conteúdos de minha disciplina não posso, por outro lado, reduzir minha
prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos. Esse é um momento apenas
de minha atividade pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos
conteúdos, é o meu testemunho ético ao ensina-los. É a decência com que o
faço. É a preparação científica revelada sem arrogância, pelo contrário, com
humildade. É o respeito jamais negado ao educando, a seu saber de experiência
feito que busco superar com ele. Tão importante quanto o ensino dos conteúdos
é a minha coerência entre o que digo, o que escrevo e o que faço.
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64
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11 A
gente vai amadurecendo todo dia, ou não. A autonomia, enquanto amadurecimento
todo dia, ou não. A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é
processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada. É neste sentido que uma
pedagogia da autonomia tem de estar centrada em experiências estimuladoras da
decisão e da responsabilidade, vale dizer, em experiência respeitosas da
liberdade.
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67
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12 É
a maneira correta que tem o educador de, com o educando e não sobre ele,
tentar a superação de uma maneira mais ingênua por outra mais crítica de
inteligir o mundo. Respeitar a leitura de mundo do educando significa tomá-la
como ponto de partida para a compreensão do papel da curiosidade, de modo
geral, e da humana, de modo especial, como um dos impulsos fundantes da
produção do conhecimento.
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77
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13 Estou convencido, porém de que a
rigosidade, a séria disciplina intelectual, o exercício da curiosidade
epistemológica não me fazem necessariamente um ser mal-amado, arrogante,
cheio de mim mesmo. Ou, em outras palavras, não é a minha arrogância
intelectual a que fala de minha rigorosidade científica. Nem a arrogância é
sinal de competência nem a competência é causa de arrogância. Não nego a
competência , por outro lado, de certos arrogantes, mas lamento neles a
ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente
melhor. Gente mais gente.
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92
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Considerações do pesquisador (aluno): o livro
aborda de maneira prazerosa como o professor deve se portar para uma atitude
educadora que trata o. aluno com um ser único, porém cheio de contexto.
Humildade, igualdade, respeito são valores tratados ao longo do texto. E
reforça que enquanto se ensina, se aprende, não havendo docência sem
discência.
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Indicação
da obra: professores de todas as áreas,
pedagogos, acadêmicos de cursos ligados a educação, pós-graduandos em ensino.
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Local: arquivo em PDF disponível em http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/noticias-de-educacao/18221-acervo-digital-disponibiliza-toda-a-obra-de-paulo-freire
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Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=EbnjKDeZW40 , acessado em 02/05/2013
Interessante a forma como fez e organizou o fichamento. Garantiu as principais das muitas ideias freireanas.
ResponderExcluirMuito bom.
ResponderExcluirFicaria mais preciso se colocassem as pág. CAP.
ResponderExcluirCAP. e pág.
Excluirvocês são os melhores, bastante elucidativo as orientações
ResponderExcluirExcelente. Parabéns!
ResponderExcluirExcelente material
ResponderExcluirótimo! gostei bastante, tava louco procurando um modelo de fichamento. graças a te encontrei esse perfeito modelo. parabéns..
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