Todos os dias recebo notícias de diferentes sites sobre educação. Esta semana, essas três me chamaram a atenção:
Investimento em educação promove redução na criminalidade - Agência USP de notícias
Como garantir professores que os alunos brasileiros tenham bons professores - Estadão
Uma cidade que abraçou a educação - Isto é!
Vamos ler?
Clique nos links acima e terá acesso a estas notícias.
Boa leitura!
Blog destinado a discussões sobre educação baseadas na leitura e releitura de artigos, livros dentre outras publicações. Crie educando é um lema que almeja incentivar a difícil e encantadora arte de educar, pois sabemos que é na busca de soluções para os pequenos problemas do dia a dia que encontraremos caminhos certos para a educação de qualidade que queremos.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
O que estamos realmente fazendo como professores? Vamos refletir?
Este outro vídeo é do TED e também nos ajuda a refletir sobre o assunto:
E para finalizar, deixo um episódio de "Os Simpsons" que mostra a realidade da maioria das escolas. Logicamente, sabemos que se trata de um seriado americano, mas com a globalização, o problema ganha maior repercussão e nos faz perceber que estamos inseridos neste contexto que não deveria ser cômico e sim um momento de tristeza, revolta e principalmente de provocar mudanças!
Esse é o 3º episódio da 15ª temporada, no Brasil, ganhou a versão:
"Presidente por acidente". (clique aqui para assisti-lo)
Seu nome original é "The President wore pearls" e foi exibido pela primeira vez em 2003.
O que entristece é que o episódio trata de um problema que continua sendo atual.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Fichamento de Leitura: Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução.
FICHAMENTO DE LEITURAS
Tipo: artigo em livro
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Assunto / tema: Currículo
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Referência bibliográfica: MOREIRA,
A.F.B.; SILVA, T.T. Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução.
in:
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Resumo / conteúdo de interesse:
Currículo não é mais uma área técnica e inicia-se uma preocupação com
questões sociológicas, políticas e epistemológicas. Está implicado em
relações de poder, transmitindo visões sociais particulares e interessado. O
currículo tem uma história que está vinculada a organização da sociedade e da
educação.
EUA: emergência de uma abordagem sociológica e crítica do currículo –
origem.
Inicia-se a discussão sobre currículo o final do Sec. XIX e início do
Sec. XX: Planejamento científico das
atividades pedagógicas para direcionar o pensamento dos alunos dentro das
metas propostas.
Na virada do Sec., após a Guerra Civil, a indústria se ampliou e foi
necessário uma nova concepção da sociedade: cooperação, especialização, nova
ideologia que objetivava “chegar ao topo”. A industrialização e a urbanização
da sociedade, a presença dos imigrantes nas grandes metrópoles com costumes e
condutas diferentes estava ameaçando a cultura e os valores do país, então
surge a necessidade de ensinar as crenças e comportamentos americanos a
todos. Coube a escola fazer isso bem como adequar a conduta educacional
vocacional para as necessidades da economia.
Dewey e Kilpatrick defendem a ideia de uma tendência voltada para a
elaboração de um currículo que valorizasse os interesses do aluno (No Brasil:
escolanovismo). Já Bobbitt defende a ideia da construção científica de um
currículo que desenvolvesse os aspectos da personalidade adulta considerados
desejáveis (No Brasil: tecnicismo). Rugg e Tyler procuraram superar os
problemas encontrados nestas tendências e configuraram as feições dos
processos de escolarização e de desenvolvimento curricular.
O lançamento do Sputnik pelos russos em 1957, fez com que os
americanos culpassem os educadores, principalmente os progressistas, pela
derrota na corrida espacial. Uma grande reforma foi feita nos currículos de
diversos componentes curriculares para enfatizar a redescoberta, a
investigação, o pensamento indutivo.
Bruner levantou críticas, apesar de não contribuir de fato para a
revolução pedagógica que se pretendeu desenvolver a partir das propostas e
reformas curriculares. A sociedade americana dos anos 60 estava recheada de
problemas sociais que levaram a uma revolta contra todos esses problemas com
protestos e questionamento das instituições e dos valores tradicionais. Os
valores mudaram, sofreram uma contracultura (hippies, sexo livre, drogas) e
as instituições educacionais tornaram-se alvos de violentas críticas. Era
necessário uma democratização da escola. Mas após a eleição de Nixon, houve
um retorno as ideias de eficiência e produtividade. Porém com novas
tendências: ideias tradicionais (escola eficaz), ideias humanistas (liberdade
na escola) e ideias utópicas (fim da escola). Não havia mais questionamento
sobre a sociedade capitalista que se consolidava. Porém, vários conhecimentos
foram utilizados como referencial para estudos dos tópicos curriculares.
Final dos anos 70 não havia mais a preocupação com procedimentos
científicos da avaliação quantitativa. Renovaram-se os focos e as
preocupações. Os neomarxistas foram os
precursores – Sociologia do currículo. Nos EUA: análise sociológica do
currículo – professores mais ligados a Departamentos de currículo e
Instrução; na Inglaterra foram os sociólogos do Departamento de Sociologia da
Educação do Instituto de Educação da Universidade de Londres que conceberam a
Sociologia da Educação como uma sociologia do currículo (Nova Sociologia da
Educação - NSE).
Interessante perceber que a sociologia foi rejeitada no início e
demorou a ganhar seu digno espaço. Mas os debates dos anos 50 focalizavam
tanto a estrutura organizacional da escola como as origens sociais da
inteligência e sua relação com o desempenho escolar, sempre se preocupando
com a sociedade industrial e maior justiça social.
A partir dos anos 60 é que a Sociologia foi de fato implantada na
formação dos professores. O currículo passa a se preocupar com a sociologia.
Para entendermos melhor, os autores nos colocam a entender o currículo
associado a três eixos: ideologia, cultura e poder.
Gramsci chama a atenção exatamente para e o aspecto contestado do
terreno ideológico num contexto de luta contra ideologias.
Althusser argumenta que há uma reprodução da estrutura social
existente pela classe dominante (dominar e subordinar): objeto de crítica e
refinamento.
Ideologia em três dimensões: ela se aproveita de materiais
preexistentes na cultura e na sociedade, em geral pertencentes ao domínio do
senso comum; não é homogênea, mas feita de materiais de diferentes naturezas,
de diferentes tipos de conhecimento; por último ela é interpretada de formas
diferentes daquelas intencionadas.
Analisando a cultura na tradição crítica o autor mostra que há ao
mesmo tempo produção ativa de cultura quanto contestação.
Na concepção crítica, a cultura é conflitante, é aquilo pelo qual se
luta não o que recebemos.
O currículo é um lugar de produção e de política cultural, está no
centro de relações de poder que não se manifesta de maneira cristalina e
identificável. Neste contexto trata-se importante currículo oculto e tratar a
historicidade como parte integrante de uma Teoria Crítica do Currículo.
A teorização crítica sobre currículo
com a Sociologia como elemento importante é um processo contínuo de
análise e reformulação.
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Citações:
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Página:
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1 Uma nova Sociologia da Educação
floresceu e estabeleceu como seu principal objeto de estudo o currículo
escolar, aproximando-se, assim, da Sociologia do Conhecimento.
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2 O currículo é uma área
contestada, é uma arena política.
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3...é difícil resumir as inúmeras
interpretações ligadas ao conceito de ideologia numas poucas proposições, mas
certamente uma coisa relativamente clara na literatura educacional é o
vínculo que a noção de ideologia tem com poder e interesse.
O que caracteriza a ideologia não é
a falsidade ou verdade das ideias que veicula, mas o fato de que essas ideias
são interessadas, transmitem uma visão de mundo social vinculada aos
interesses dos grupos situados em uma posição de vantagem na organização
social.
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Considerações do pesquisador:
A cada texto sobre currículo percebo
que há sempre mais para estudar e aprender. Mas, o que mais me chamou atenção
neste texto é o fato de tratar a sociologia no contexto do currículo e
principalmente trazer que a cultura não é transmitida e sim recriada. Isso
promove uma mistura de sensações e dúvidas que deixam um gostinho de quero
mais. E este se dará ao longo da leitura deste livro.
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Indicação da obra: estudantes em
educação, professores e magistrandos
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