Translate

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leitura e compartilhamento das ideias postadas no Blog: http://gleniajmmedeiros.blogspot.com.br

          Ao assistirmos o vídeo de Chimamanda Adichie realmente nos assustamos com uma verdade: a  de que estamos formando opiniões copiadas. 
          Essas opiniões copiadas são informações transmitidas de um para o outro da mesma forma  por muito tempo. O currículo, como método de organização da escola, é visto dessa forma. Por que necessariamente é ensinado o que está ali proposto pelo sistema ao invés de instigar o aluno a buscar por diferentes formas de discutir sobre o assunto? A resposta é simples: comodismo, medo. 
          Mas propor uma mudança radical como a troca brusca de uma técnica a tanto tempo utilizada por outra moderna pode gerar problemas sérios entre os professores, como a resistência, por exemplo.
          Entretanto, se as mudanças de alguma forma forem gradativas, pode ser que saiamos dos últimos lugares da colocação dos ranking sobre educação.
          Não é necessário homogeneizar a sociedade, é importante manter a heterogeneidade, senão estaremos interferindo em outras questões político-sócio-econômicas, mas o que se torna necessário é levar uma educação de qualidade à todos, independente de qualquer questão destas citadas anteriormente.
          Posto abaixo uma reportagem que me chamou a atenção sobre a educação no Brasil. E me pergunto: estamos tão mau assim? Em que se baseiam para fazer tais averiguações? Dados estatísticos que podem estar comprometidos devido a uma interferência? O que precisamos mudar em nosso currículo escolar para mudarmos este quadro?
Deixo este questionamento para refletirmos em nossos atos curriculares que pode ser nossa maior esperança.

Qualidade do ensino freia adaptação do Brasil ao mundo digital
Fraco desempenho em ciências e matemática é barreira para País, diz Fórum Econômico Mundial

Atualizado: 10/04/2013 20:58 | Por Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo, estadao.com.br 

GENEBRA - Com um dos piores ensinos de matemática e ciências do mundo, o Brasil reduz sua capacidade de adaptação ao mundo digital. Um informe apresentado nesta quarta-feira, 10, pelo Fórum Econômico Mundial aponta que o País subiu apenas da 65.ª para a 60.ª posição entre as nações mais preparadas para aproveitar as novas tecnologias em seu crescimento.
Além do ranking sobre capacidade de adaptação ao mundo digital, o Fórum divulgou outros dois, referentes ao ensino de matemática e de ciências.
Entre os 144 países avaliados, o Brasil aparece no 116.º lugar em educação, atrás, por exemplo, de Chade, Suazilândia e Azerbaijão. Em ciências, Venezuela, Lesoto, Uruguai e Tanzânia estão melhores posicionados no ranking que o Brasil, que ocupa a 132.ª posição.
O resultado é uma estagnação no avanço da tecnologia no Brasil, apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor privado nacional. Na América Latina, países como Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica estão melhores preparados para enfrentar o mundo digital que o Brasil.
"Apesar desse progresso, a tradução dessa maior cobertura em impactos econômicos em inovação e competitividade está estagnada", alerta o documento. Um dos motivos é a "qualidade do sistema educacional, que aparentemente não garante as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança em busca de talentos", indicou. Mesmo em países pobres como Senegal, Quênia e Camboja, o acesso de escolas à internet é superior, segundo o informe.
O ranking é liderado pela Finlândia, seguida por Cingapura e Suécia. O Brasil, de fato, vem ganhando posições. Mas os autores do informe estimam que a posição hoje do País no ranking não condiz com uma das sete maiores economias do mundo.
O informe considera que a maioria das economias em desenvolvimento continua sem conseguir criar as condições necessárias para reduzir a falta de competitividade existente na área da tecnologia de informação, em comparação às economias desenvolvidas. "No Brasil temos grande desenvolvimento por parte de empresas multinacionais para melhorar a competitividade, mas esse empenho não se estende por todo o setor privado", alertou o editor do informe, Beñat Bilbao-Osorio.
Internet
A subida de posição do Brasil no ranking vem dos avanços em infraestrutura e do fato de o País ter dobrado a capacidade de uso de banda larga, além de ampliar a rede de celulares. Em bandas fixas, o Brasil é o 11.º colocado no ranking.
Outro problema sério, porém, é o ambiente para promover inovação e burocracia, além do custo dos celulares, um dos mais altos do mundo. O Brasil aparece na 130.ª posição entre os 144 países, superado pelo Gabão.
O número de usuários de internet no Brasil, em 2011, também não chegava ainda a 45%, o que deixa o País na 62.ª posição nesse critério, abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga.
O Brasil não é o único a passar por essa situação. "Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios", diz o informe. "O rápido crescimento econômico observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação", alerta.
"A digitalização criou 6 milhões de empregos e acrescentou US$ 193 bilhões à economia global em 2011. Apesar de positivo, o impacto da digitalização não é uniforme nos setores e economias – cria e destrói empregos", disse Bahjat El-Darwiche, Sócio, Booz & Company.
RANKING
Segundo a capacidade de adaptação ao mundo digital
1.     Finlândia
2.     Cingapura
3.     Suécia
4.     Holanda
5.     Noruega
6.     Suíça
7.     Reino Unido
8.     Dinamarca
9.     EUA
10.  Taiwan
60. Brasil

Um comentário:

  1. Atualmente a educação de um país tem sido analisada e avaliada por padrôes externos e ostensivamente universalizantes....Há necessidade de termos um olhar crítico quanto a essas classificações que sempre são publicadas. Mas, vale levar o assunto ao grupo em sala de aula para explorarmos mais isso. Muito bom!

    ResponderExcluir