A
palavra Currículo é de origem latina e etimologicamente significa trajetória,
caminho, itinerário.
Há
diversos estudos para uma melhor compreensão de seu significado na prática
educacional.
Na
história, podemos analisar que há uma tendência de educação de massas de forma tecnicista
com preocupação na formação de pessoas capazes de sustentar o crescente ramo
industrial, ou seja, educação voltada para as exigências profissionais da vida
adulta. Mais tarde, soma-se a esse pensamento a psicologia e a contemplação das
disciplinas acadêmicas, discutindo-se a influência e a importância do modelo
humanista clássico.
Hoje,
já no Século XXI, ainda discutimos sobre o que realmente devemos entender sobre
currículo. E para isso é necessário que façamos algumas correlações.
Uma
delas é que currículo está diretamente ligado ao conhecimento. E este, para ser
de fato o conteúdo do aprendizado precisa construir significados (valores
axiológicos) para que compreendamos o mundo fora do eu, o que nos cerca e assim
promover o entendimento do seu funcionamento. Conhecer é a forma como nos
inserimos no mundo, são exercícios de se colocar no real, agregando informações
novas, experimentar o novo, reconhecer, associar, dominar certos conteúdos numa
tentativa de sentir menos estranho no mundo em que vivemos. Em poucas palavras:
conhecer é explicar o que é real.
Nesse
contexto, é importante perceber que há diversos tipos de conhecimento:
mitológico, filosófico, senso comum, artístico, religioso, científico. Todos
são importantes para a formação do currículo. Porém, devemos entender que
currículo é também prática, é reflexão, é direcionamento desse conhecimento
apreendido a uma questão: o que fazer com o que aprendemos?
É
nessa práxis que percebemos os atos curriculares, ou seja, o currículo torna-se
prática. Prática esta produzida por sujeitos como o professor e o aluno. Tanto
que percebemos sua presença na escola toda, até mesmo na forma como o recreio
acontece.
Para
que esses atos curriculares ocorram e sejam construídos é necessário entender
que o currículo tem diversas características que o forma, tais como
epistemológica, em que se pergunta que tipo de conhecimento há; histórica, pois
se situa no tempo e no espaço; cultural, por fazer parte de uma sociedade com
valores; política, onde há poder e intencionalidade; econômica por promover obtenção
de lucros.
Entretanto,
é nas dimensões de currículo que percebemos sua real colocação em prática. Suas
dimensões são formal/previsto, o que é preparado por um grupo dentro de um
conjunto de regras para ser aplicado a todos; vivido, que é praticado dentro de
sala de aula na aplicação do conteúdo e oculto, onde o professor mediador promove
a aplicação dos atos curriculares bem como ações que educam, que forma
cidadãos.
Sendo
assim, podemos dizer que o currículo é lugar de construção de significados para
uma prática refletida. Mas ainda precisamos compreender mais sobre este termo
em nossa contemporaneidade.
Pollyanna, seu texto é como um pensar compartilhado, em que você redesenha com clareza o que abordamos em aula. Que seja o primeiro de muitos outros textos. E, ressalto aqui a sua gentileza em participar dos blogs dos colegas. Que eles sigam também este caminho.
ResponderExcluirMuito legal sua postagem Pollyanna, entendi como um meio de revisar o que se passou na aula, nossa visão foi ampliada diante de um termo tão presente no contexto do nosso trabalho mas que não damos a devida atenção.
ExcluirOlá Polly. Saudações à você e sua família.
ResponderExcluirConcordo com você que o currículo é o local de construção de significados e práticas. Mas como você mesmo relatou: precisamos entender mais sobre a dimensão que abrange o significado de currículo, principalmente em nossas ações.
Abraços
Como Dessano destacou, as dimensões do currículo e efetivamente as ações curriculares vão se aproximar, paulatinamente no decorrer do curso....Apontou bem o que discutimos em classe.
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